Porto
domingo, 31 de outubro de 2010
E lá vou eu outra vez...
Halloween
Homeless Mustard Sings "Creep" on Opie and Anthony's Sirius/XM show
Há dias em que pensas que a tua vida está ou é uma merda! De facto, chegas a ser confrontado com situações que crês serem injustas, severas, desumanas.... Situações que te provocam sofrimento, desespero, agonia, dor inclusive.
Até que um dia te deparas com uma série de rostos, com as mãos estendidas e olhos vazios e chegas à conclusão que, apesar de tudo, a tua vida é uma vida cheia, tem história.
Dás de caras com a miséria. E mais constrangedor que tudo isso, é veres nesses rostos, não a infelicidade, a desilusão, mas o conformismo, o desapego e o abandono de sonhos, de conquistas e de alento. Já não interessa do que são capazes, pois há muito que deixaram de viver.
Arrumações
sábado, 30 de outubro de 2010
Conselhos da Vicky
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Hoje foi um bom dia!
Hoje ouvi profunda remissão. Nem sei o que sentir, o que falar, tão pouco o que escrever... Não sei se me entendem... mas também não quero saber. Vou festejar! Até breve...
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Um dos meus favoritos
Não me interessa qual é o teu modo de vida. Quero saber o que anseias, e se te atreves a sonhar alcançar os desejos do teu coração.
Não me interessa que idade tens. Quero saber se arriscas fazer figura de louco por amor, pelo teu sonho, pela aventura de estar vivo.
Não me interessa saber quais os planetas que estão em quadratura com a tua lua. Quero saber se tocaste o centro da tua própria dor, se as traições da vida te abriram ou se murchaste e te fechaste com medo de outros sofrimentos!
Quero saber se consegues sentar-te com a dor, a minha ou a tua, sem te mexeres para a esconder, disfarçar ou compor.
Quero saber se consegues viver a alegria, a minha ou a tua, se consegues dançar loucamente e deixar que o êxtase te encha até às pontas dos pés e das mãos sem nos advertires para termos cuidado, sermos realistas, ou nos relembrares as limitações de ser humano.
Não me interessa se a história que me contas é verdadeira. Quero saber se consegues desapontar o outro para seres verdadeiro contigo próprio, se consegues suportar a acusação de traição e não atraiçoares a tua própria alma; se consegues não ter fé e seres, por isso, digno de confiança.
Quero saber se consegues ver a beleza todos os dias, mesmo quando o que vês não é bonito, e se consegues basear a tua própria vida na sua presença.
Quero saber se consegues viver com o fracasso, teu e meu, e mesmo assim erguer-te à beira do lago e gritar "sim!" à lua-cheia prateada.
Não me interessa saber onde vives nem quanto dinheiro tens. Quero saber se depois de uma noite de dor e desespero, exausto, dorido até aos ossos, consegues levantar-te e fazer o que é preciso para alimentar as crianças.
Não me interessa quem tu conheces, nem como chegaste aqui. Quero saber se ficarás comigo no centro do fogo, sem recuares.
Não me interessa onde ou o quê ou com quem estudaste. Quero saber o que te sustém interiormente quando tudo o mais desaba à tua volta.
Quero saber se consegues estar só contigo mesmo e se gostas verdadeiramente da companhia que te fazes nos momentos vazios."
Oriah Mountain Dreamer
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Eu tenho cancro - parte II
Lembro-me que nesse dia, os meus sobrinhos P. e R. também lá estavam. Pedi que eles saíssem da sala, pois precisava de falar com os avós. Fizeram-no sem contestar, mas eu esqueci-me de um pequeno livro que me tinham dado no hospital, acerca do cancro da mama, no aparador do hall da entrada e eles viram-no. Perceberam logo e nesse mesmo dia já perguntavam às mães e irmãos mais velhos o que se passava comigo. Conversei com eles e esta foi a segunda tarefa mais difícil naqueles dias.
Ainda antes de a noite cair, fui ao cabeleireiro cortar o meu longo e lindo cabelo. Cortei-o pelos ombros.
A outra minha irmã não estava no país e quando chegou, o meu sobrinho B. deu-lhe a notícia. Ela enviou-me esta sms: "O homem vale pelo que é e não pelo que faz. E tu és uma grande mulher e vais conseguir ultrapassar tudo isto. Estou contigo." Até então, a relação com esta minha irmã era muito fria e distante. Não me perguntem a razão. Nem eu, nem ela sabemos responder. Aconteceu. Aconteceu até este dia. Costumo dizer e sentir que valeu a pena ter cancro para reencontrar a minha irmã mais velha. Hoje somos muito amigas e cúmplices. Valeu por isto...
Os meus amigos, os meus fantásticos amigos foram aparecendo e ficando ao longo dos dias. Um dia ainda hei-de escrever sobre eles. Vale a pena.
O namorado foi o único que se foi. E não vou escrever sobre ele. Não vale a pena.
Até que conheci o terceiro ser humano maravilhoso ligado à medicina, a minha médica oncológica. Comecei os tratamentos de quimioterapia. Uma invasão cruel e violenta do meu corpo. Fiquei careca em menos de 15 dias. Aliás, mal o cabelo começou a cair, fui rapá-lo. E não é que me ficava bem? A minha cabeça é perfeita!!! Sempre gostei de uma certa irreverêncoa no look como forma de expressão. E nunca me esquecerei da deliciosa sensação que é sentir o vento roçar-nos na cabeça...
Como uma das minhas mais inteligentes decisões que tomei foi continuar a trabalhar até que as forças não me permitissem mais fazê-lo, ainda experimentei algumas perucas a pedido da mami e do meu chefe da altura, um ser humano maravilhoso, mas que já tinha conhecido há alguns anos. Odiei as perucas. Que coisa tão artificial. Não, não as quis para mim. Decisão tomada!
domingo, 24 de outubro de 2010
Eu tenho cancro - parte I
Primeiro a notícia. Um choque tremendo, sem dúvida o mais tremendo da minha vida. Poderia dizer que foi como se o mundo caísse em cima de mim, como se me tirassem o tapete debaixo dos pés e de repente eu me visse a cair num imenso abismo, mas, sinceramente, ainda não encontrei uma frase, um conjunto de palavras capazes de descrever o que senti naquele longo momento.
Não que a notícia me tenha apanhado completamente desprevenida. Primeiro comecei por sentir o nódulo na mama, depois fui fazer uma primeira ecografia que deu como inconclusiva, mas nem por isso me safei do raspanete (como se eu tivesse culpa!) e dos avisos ameaçadores da técnica. Depois veio a segunda, e a biópsia, e as palavras sábias do médico que a fez (o primeiro maravilhoso ser humano ligado à medicina que conheci naquela altura)...
De facto e como pessoa inteligente que sei que sou, tudo indicava para o pior, mas como também sou uma optimista por natureza, a verdade é que nunca deixei de acreditar que o pior não se ia concretizar.
Lembro-me que recebi a notícia num consultório médico no hospital S. João. Lembro-me que desesperei. Sim, naquele instante eu soube o significado de desesperar. Chorei, gritei, pontapiei e esmurrei secretárias, cadeiras e armários. Empurrei pessoas, até que me aninhei a um canto... e chorei mais ainda.
Lembro-me também que uma enfermeira, o segundo maravilhoso ser humano ligado à medicina que eu conheci naquela altura, me orientou para o que me esperaria nos próximos dias. Felizmente que tinha uma das minhas irmãs comigo para ouvir. Eu não ouvi absolutamente nada. E ela levou com toda aquela violência emocional assim, sem estar preparada nem armada para tal.
Acalmei e liguei para o namorado e para a melhor amiga. Imagino que também a eles impus uma responsabilidade que não lhes era devida...
Entretanto, saí do hospital. Que alívio! E de repente, lá estava eu, a pensar que não tinha que ser tudo mau, haveria de existir uma finalidade útil para tudo o que estava a acontecer. Tinha pela frente uma guerra, mas não foi isso o que eu fui pedindo a vida inteira? Desafios para que me conseguisse superar a mim mesma e tornar-me um ser humano melhor? Esta seria a minha oportunidade, de saber quem realmente sou e do que sou capaz. Não quero, detesto aliás, cair em lugares comuns, mas foi mesmo isto que me passou pela cabeça. Disto lembro-me eu e foi neste instante que tudo mudou. O desespero passou ao sentido de pelo menos tentar, ao sentido de responsabilidade perante a vida e ao sentido de querer lutar...
URGENTE
Refugiados
Exploração e escravatura
Tráfico humano
Pedófilia
Prostituição
Sem-abrigo
Fome, pobreza e miséria
Violação dos direitos-humanos
Exclusão social
Crimes de guerra
Alfabetização
Pena de morte
Racismo, xenofobia e homofobia
Controlo de armas
Violência sobre mulheres
Mutilação genital feminina
Terrorismo
Água potável
Preservação das florestas
Reciclagem
Lixos Tóxicos
Preservação de espécies
Direitos dos animais
Animais abandonados
Maus tratos
Touradas e outros espectáculos deprimentes e bárbaros
Caça ilegal
Preservação de espécies
Tráfico de animais exóticos
Testes em animais
Transporte de gado vivo
Animais em circos
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Mau tempo na Madeira
Desde ontem à tarde que choveu, quase continuamente. A água abundou estradas abaixo e as sarjetas ficaram entupidas. As pessoas mostraram-se receosas e algumas até em pânico. Compreendo, não estive aqui em Fevereiro, mas vi imagens aflitivas e hoje tive uma ligeira percepção da violência do que aconteceu.
Grande parte do comércio no centro do Funchal fechou ao início da tarde e o trânsito ficou caótico, vários minutos para avançar poucos metros. A marginal esteve intransitável por várias horas. O nervosismo, esse era por demais evidente nos condutores. Nervosismo esse que quando atinge verdadeiras bestas, que julgam que o temporal só se abate por cima das suas cabeças e sobre mais ninguèm, acabam por ter reações brutais, como a do condutor que quase me atropelou, acabando por me empurrar para uma poça de água, só por que ele ia abrigado dentro do carro e eu ia no passeio a tentar desviar-me da chuva que corria rua abaixo e me chegava, quase aos tornozelos, e ainda por cima sem guarda-chuva!!! As ribeiras no centro eram castanhas e a água corria com uma violência tremenda. As sirenes fizeram-se ouvir por todo o Funchal.
Saí do hospital Dr. Nélio Mendonça por volta das 13h e ao entrar no parque de estacionamento, uma senhora aflita e em pânico pedia às pessoas para não tentarem sequer tirar os carros, pois os pisos estavam inundados. O meu carro só estava 4 níveis abaixo do solo. Os elevadores estavam desligados, e a água que corria escadas abaixo metia medo, de tanta que era. Resolvi esperar e fi-lo por cerca de meia-hora. Entretanto, a chuva parou por cerca de mais 20 minutos e a água nas escadas abrandou. Resolvi tentar descê-las, até para perceber em que condições se encontrava o carro. Quando cheguei ao piso -4, o carro estava bem, assim como eu, apesar de a água me chegar aos tornozelos. Consegui tirá-lo do parque, ainda que com muitos deslizes, ora para a direita, ora para a esquerda.
Não estou nada habituada a estas situações e cheguei a sentir medo. Por fim, tudo correu bem, para mim.
Sei que até a esta hora não foram registados feridos e apenas houve um desalojado. Apenas houve um desalojado, como se fosse apenas... para esse concerteza que o facto de perder a casa teve o mesmo peso de um mundo inteiro...
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Lily Allen - Fuck You ( LIVE )
Aos intolerantes-ignorantes
Ele disse: "A homossexualidade é um comportamento nojento e contra-natura. O principal objectivo da raça humana é reproduzir-se e os homossexuais não podem fazê-lo..."
E eu interrompi e argumentei: " Espera lá, primeiro o objectivo da raça humana deve ser o ser feliz e preservar o mundo para as gerações que hão-de vir! E o que dizes daqueles heterossexuais que por motivos de saúde, por exemplo, não podem reproduzir-se? Têm defeito e devem ser atirados fora? Além do mais, a partir do momento que um ser humano desenvolve sentimentos por outro, ainda que do mesmo sexo, não é nada contra-natura. Mas tu não percebes nada do que estou para aqui a dizer, pois não?"
Depois pensei: "Para quê? Ele é mais novo do que eu e ainda assim é tão intolerante! Ainda por cima estou com a neura, para quê me dar ao trabalho? Que se lixe!..."
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Madeira
Gosto de estar na Madeira. É tudo tão tranquilo... As pessoas são bem dispostas e disponíveis (só chateiam quando se lembram de atravessar a rua com o vermelho para os peões!... que mania!!!), a comida é óptima e o clima... sempre quentinho!
Ah! Estou em trabalho, não se iludam pela paisagem do quarto do hotel, ok?
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
domingo, 17 de outubro de 2010
Xutos e Pontapés - À minha maneira
Dedicado àquele bichinho que insiste em viver dentro de mim. Tu sabes que eu te adoro, eu sei que sou muito acolhedora, mas será que dá para "desamparares a loja" durante pelo menos mais 5 anos? Dava jeito...
"Porca Miseria"
Numa estação de metro de Itália, depois de uma breve discussão, supostamente por causa dum bilhete, um jovem de 20 anos dá um soco numa enfermeira romena de 32. Esta cai estatelada no chão, entra em estado de coma, morrendo mais tarde. MAU, VIOLENTO, DESPREZÍVEL, ABJECTO, INFAME, COBARDE, IGNÓBIL... Ok, tudo isto e mais alguma coisa.
Mas como poderei qualificar a indiferença de uma série de outros cidadãos que, entretanto passaram pela enfermeira inanimada no chão e fizeram de conta que nem a viram? Foi impressionante ver aquela gente ignorar alguém, que poderia ou não, mas o que interessa é que poderia, precisar de auxílio!!!
Só pode ser atitude de pessoas que não são feitas do mesmo que nós! É uma hipótese, não se esqueçam que é gente que tem como presidente Silvio Berlusconi, um dos maiores corruptos e putanheiros da humanidade!... Mas ainda assim não me conformo, não explica tal insensibilidade e frieza. Como é possível???
Estamos a falar duma vida humana, como falámos durante toda a semana a propósito dos mineiros chilenos... ok, é verdade, também como ignorámos as 118 vidas do submarino russo Kursk...
Estou confusa, já nem sei o que pensar. Ora dá para uns e não dá para outros... não entendo, palavra que não!
Alguém me explica?
Saltimbanco
Saltimbanco, o mais antigo show itinerante do Cirque du Soleil.
Estive no Pavilhão Atlântico no sábado para ver. Lindo!!!
Daqueles espectáculos que todos deviam assitir. É impossível sair de lá indiferente à alegria e cor. Acrobacias de cortar a respiração, guarda-roupa e caracterização impecável e uma verdadeira banda vibrante. Amei!
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
The Cult - Sweet Soul Sister
À minha irmã P.
Para começar, faz-me um favor (tu nunca me recusas nada! :)), põe o volume bem, bem alto.
Parabéns!
Não tenho grandes novidades para te dizer. Apenas desejar-te um dia muito feliz. Se eu pudesse, era uma das minhas tarefas nesta vida, dar-te um dia muito feliz, todos os dias. Durante estes últimos anos, fui-te dizendo tudo o que sinto, anos estes que também por tua causa, apesar de todas as adversidades, foram os melhores da minha vida.
A propósito de um livro, que li há já algum tempo, Fernão Capelo Gaivota é uma gaivota (claro, com este nome não ia ser um pintainho!!!), que crê que voar não se resume a uma simples forma que a ave tem para se movimentar. Esta história conta o fascínio e a luta de Fernão pelas acrobacias que podem fazer a diferença nas nossas vidas e como isso transtorna o grupo de gaivotas do seu clã. É uma história sobre liberdade, aprendizagem, coragem e amor, e sempre que me lembro desta história, lembro-me de ti.
Viste-me nascer e ajudaste-me a crescer, ainda ajudas. A cumplicidade, até no olhar, e os grandes momentos, esses levo-os comigo seja para onde for. Tu sabes que és especial. Obrigada por estares sempre lá e sempre, sempre acreditares em mim. Quero-te comigo... E eu, eu estarei contigo...
P.S.: Verde? É a tua cor.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
one:u2
Parabéns A.
Ouço dizer, muitas vezes, que amigo é aquele que está lá nas horas difíceis, para nos dar um consolo e um abraço. Sim, é verdade, e tu estás sempre lá.
É-o e não só. Quando penso na minha amiga girafinha (linda, elegante e esguia que se farta!), do que mais me recordo é dos momentos de efusiva alegria e até mesmo palhaçada que já partilhámos. Estar contigo é viver como gosto, desprendida e alegremente. Gosto das conversas jogadas fora, das barbaridades que são ditas, das experiências que temos, dos crepes com chocolate... É uma animação!
Podes ter a certeza que por ti me mandaria do precipício só para te estender a mão e cairmos as duas de mãos dadas... e aposto que ainda haveria tempo de uma gargalhada antes de nos esborracharmos no chão. A prova disso é conseguires manter-me acordada para te dar os parabéns às 0:00! :)
Por uma amizade sentida, por uma amizade vivida. Parabéns!
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Prémio Nobel da Paz
Gosto de ver estas motivações para se fazer a diferença no que diz respeito aos direitos humanos. Soube-me mesmo bem!
Nunca esqueçam que foram jovens como nós que deram, em Tiananmen, a sua vida "pela paz, liberdade e democracia", por aquilo que de uma forma ou de outra todos reclamamos, pois sabemos que é um direito.
Xeque-mate!
Mas eu só faço o que sei e o que posso e isso pode ser problemático. Socorro... eu não sei jogar xadrez!
Eat Pray Love
Um filme de prazeres, busca e felicidade! Identifiquei-me... muito! Acho que se vai tornar nos poucos que vou rever vezes sem conta.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Cem anos e 1 dia após...
Assim de repente, até poderá sugerir-me a possibilidade de escolher o líder do meu país (mesmo que me arrependa no mês seguinte), mas a verdade é que hoje já nem isso me é preemente enquanto cidadã. Por exemplo, nas eleições anteriores, e muito provavelmente nas próximas, votei em branco. É que diante de tantos palhaços, é-me difícil escolher qual deles faz e poderá fazer mais e melhores palhaçadas. Para mim, são todos iguais com as suas performances da treta. Com a agravante de serem palhaços tristes, ou tristes palhaços, que nada mais fazem do que nos pôr a chorar.
De resto, mais educação?... Não gozem comigo! Mais saúde?... Nã, estamos em estado terminal! Responsabilidade económica? Compromisso social? Liberdade?
... Vou-me ausentar, estou nauseada...
... Não! Pára! Há algo que se mantém imutável, orgulhosamente próprio de português pobre, muito pobre, diria até miserável de espírito. São as comemorações, os festejos, as cerimónias, os protocolos, a pouca vergonha do dinheiro gasto desta forma, em altura de crise e de "apertar o cinto", dizem eles!!!
O que alguns portugueses ainda não perceberam é que a crise económica existe e existirá sempre enquanto persistir esta crise mental nacional.
O que é que cem anos e 1 dia após a Implantação da República me diz? Nada, absolutamente nada!
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Nuno e os Nirvana
Que bom que os Nirvana existiram!
Quase!
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "bom dia", quase que sussurrados. Sobra a cobardia e falta a coragem até para ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor e o sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que a fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance. Para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência. Porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Para os erros há perdão; para os fracassos, chance; para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar uma alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixo que a saudade me sufoque, que a rotina me acomode, que o medo me impeça de tentar. Desconfio do destino e acredito em mim. Gasto mais horas a realizar do que a sonhar, a fazer do que a planear, a viver do que a esperar, porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.
Miss Sarajevo U2 Clipe-Guerra Bósnia Legendado em português
Dos conflitos mais estúpidos e irracionais dos últimos tempos.
Eu continuo a acreditar no amor, de todas as formas, em todos os tempos! E tu?...
Mas a verdade é que sempre que se sente algo, fica-se com a sensação que isso é finito. Quando o amor acaba, ou seja lá o que for, fica-se com a sensação que agimos errado, que entendemos tudo ao contrário e até que se inventou tudo o que se passou. Como Cazuza diz: “o nosso amor a gente inventa para se distrair e quando acaba a gente pensa que ele nunca existiu.”
Muitos virão com ene de teorias acerca do que o amor é. Inclusivé haverá quem venha com a treta antropológica de que o amor é cultural, ou até com a ainda maior treta que o amor é psicológico.
Sabem o que digo?
Eu digo: Foda-se! Quero lá sabar o que é amor para vocês todos. Para mim é algo que existe. Nem sempre... mas neste momento existe. E escondê-lo é enganar-me a mim própria, enganar os meus confidentes, não ter a coragem de assumir a escolha que fiz. E eu não gosto de me sentir cobarde, eu não quero sentir que não assumo aquilo que faço.
Gostei de flutuar, por muito pouco tempo que tenha sido. Não gostei de pisar o chão novamente, mas sei que será sempre inevitável. Mas esta última desagradável sensação só persistirá até flutuar novamente... e até voltar a pisar o chão, novamente.
Apesar de tudo e tudo, eu ainda sinto... e continuarei a sentir.
Ah! Então não continuarei!!!
Wish right now
in the night sky are like shooting stars
i could really use a wish right now
wish right now, wish right now"
Super-Bock
The Cult - Love Removal Machine
Alguém sabe onde comprar uma máquina destas? Quem souber, diga-me, por favor. Dá-me um jeitaço nesta altura. Pago o que for preciso!
Eu quero!
Mas quem quero eu enganar? A mim? Por favor!!!
Passo horas no trânsito e impressiono-me com as trombas do carro ao lado. Eles nem olham nem falam um com o outro!
Tenho dois exemplos próximos, que passados 50 anos de vida em comum, deram-lhe agora para discutir por tudo e por nada. Até discutem a forma como o outro o viu durante estes anos todos!!!
Mais exemplos tenho de quem se arrepia todas as noites quando se deita ao lado de quem não lhe diz absolutamente nada e adormece sonhando com aquele que diz!
Depois há aqueles que por desespero ficaram com quem apareceu. E os que, por comodismo continuam com quem um dia apareceu!
Enfim... dava uma noite de exemplos, mas não tenho tempo. Tenho sono e quero ir dormir!
É claro que a vida pode ser o que idealizamos. Só o fazemos pelas referências vivas que vamos tendo.
Eu quero borboletas na barriga sempre! Adrenalina sempre! Conforto sempre! Vida sempre! Amor sempre!
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Irritei-me!
sábado, 2 de outubro de 2010
INFERNO
Chorei, desesperei, combati
Voltei ao inferno e pergunto
Quantas mais vezes terei de chorar, desesperar e combater
Para que chegue ao céu?
David Bowie - Absolute Beginners
I've nothing much to offer
There's nothing much to take
I'm an absolute beginner
And I'm absolutely sane
As long as we're together
The rest can go to Hell
I absolutely love you
But we're absolute beginners
With eyes completely open
But nervous all the same
If our love song
Could fly over mountains
Could laugh at the ocean
Just like the films
There's no reason
To feel all the hard times
To lay down the hard lines
It's absolutely true
Nothing much could happen
Nothing we can't shake
Oh we're absolute beginners
With nothing much at stake
As long as you're still smiling
There's nothing more I need
I absolutely love you
But we're absolute beginners
But if my love is your love
We're certain to succeed
If our love song
Could fly over mountains
Sail over heartaches
Just like the films
There's no reason
To feel all the hard times
To lay down the hard lines
It's absolutely true