Porto

Porto
"Quem vem e atravessa o rio, junto à Serra do Pilar, vê um velho casario que se estende até ao mar. Quem te vê ao vir da ponte és cascata sanjoanina erigida sobre um monte, no meio da neblina, por ruelas e calçadas, da Ribeira até à Foz, por pedras sujas e gastas e lampiões tristes e sós. Esse teu ar grave e sério dum rosto de cantaria que nos oculta o mistério dessa luz bela e sombria. Ver-te assim abandonado nesse timbre pardacento, nesse teu jeito fechado de quem mói um sentimento... e é sempre a primeira vez, em cada regresso a casa, rever-te nessa altivez de milhafre ferido na asa." - Carlos Tê

domingo, 31 de outubro de 2010

E lá vou eu outra vez...

Já Simone de Beauvoir dizia: "É pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância que a separava do homem, somente o trabalho poderá garantir-lhe uma independência concreta." Por isso e só por isso é que vou agora fazer a mala para passar 3 dias em Lisboa, em reunião. Só por isso...

Halloween

No ano passado comprei esta abóbora no mercado de Vila Real. Obriguei o meu colega de trabalho, coitado, a carregá-la para o carro. Levei-a ao meu pai que a desmiolou e fez esta verdadeira obra de arte para eu usar na noite de Halloween. Infelizmente, ela apodreceu logo na semana seguinte, mas o seu miolo deu-me para fazer sopa durante dois meses!!!

Foo Fighters - Best Of You

Homeless Mustard Sings "Creep" on Opie and Anthony's Sirius/XM show



Há dias em que pensas que a tua vida está ou é uma merda! De facto, chegas a ser confrontado com situações que crês serem injustas, severas, desumanas.... Situações que te provocam sofrimento, desespero, agonia, dor inclusive.
Até que um dia te deparas com uma série de rostos, com as mãos estendidas e olhos vazios e chegas à conclusão que, apesar de tudo, a tua vida é uma vida cheia, tem história.
Dás de caras com a miséria. E mais constrangedor que tudo isso, é veres nesses rostos, não a infelicidade, a desilusão, mas o conformismo, o desapego e o abandono de sonhos, de conquistas e de alento. Já não interessa do que são capazes, pois há muito que deixaram de viver.

Arrumações

Bem... hoje deu-me cá umas ganas! Tal formiguinha, cansei-me de tanto arrumar. Estivesses aqui comigo e até essa mente eu te arrumava... ou não... Acho é que arrumava contigo!

sábado, 30 de outubro de 2010

Conselhos da Vicky


Aos miúdos e graúdos: não façam uma aula de patinagem depois de 2 dias de festa! Acreditem, não resulta...

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

(You Gotta) Fight For Your Right (To Party)

Não resisti...

Hoje foi um bom dia!

Sim, os últimos seis dias foram um inferno de tanta ansiedade e outras coisas mais. É incrível como num determinado momento perdes algo, vais perdendo o resto entretanto e noutro estás a recebê-lo novamente e até um pouco mais. Já foi magnífico ter ouvido há alguns dias, por parte do médico, a palavra remissão, palavra e acção tão ansiada mas não esperada tão cedo, confesso!
Hoje ouvi profunda remissão. Nem sei o que sentir, o que falar, tão pouco o que escrever... Não sei se me entendem... mas também não quero saber. Vou festejar! Até breve...

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Um dos meus favoritos

"O Convite

Não me interessa qual é o teu modo de vida. Quero saber o que anseias, e se te atreves a sonhar alcançar os desejos do teu coração.
Não me interessa que idade tens. Quero saber se arriscas fazer figura de louco por amor, pelo teu sonho, pela aventura de estar vivo.
Não me interessa saber quais os planetas que estão em quadratura com a tua lua. Quero saber se tocaste o centro da tua própria dor, se as traições da vida te abriram ou se murchaste e te fechaste com medo de outros sofrimentos! 
Quero saber se consegues sentar-te com a dor, a minha ou a tua, sem te mexeres para a esconder, disfarçar ou compor.
Quero saber se consegues viver a alegria, a minha ou a tua, se consegues dançar loucamente e deixar que o êxtase te encha até às pontas dos pés e das mãos sem nos advertires para termos cuidado, sermos realistas, ou nos relembrares as limitações de ser humano.
Não me interessa se a história que me contas é verdadeira. Quero saber se consegues desapontar o outro para seres verdadeiro contigo próprio, se consegues suportar a acusação de traição e não atraiçoares a tua própria alma; se consegues não ter fé e seres, por isso, digno de confiança.
Quero saber se consegues ver a beleza todos os dias, mesmo quando o que vês não é bonito, e se consegues basear a tua própria vida na sua presença.
Quero saber se consegues viver com o fracasso, teu e meu, e mesmo assim erguer-te à beira do lago e gritar "sim!" à lua-cheia prateada.
Não me interessa saber onde vives nem quanto dinheiro tens. Quero saber se depois de uma noite de dor e desespero, exausto, dorido até aos ossos, consegues levantar-te e fazer o que é preciso para alimentar as crianças.
Não me interessa quem tu conheces, nem como chegaste aqui. Quero saber se ficarás comigo no centro do fogo, sem recuares.
Não me interessa onde ou o quê ou com quem estudaste. Quero saber o que te sustém interiormente quando tudo o mais desaba à tua volta.
Quero saber se consegues estar só contigo mesmo e se gostas verdadeiramente da companhia que te fazes nos momentos vazios."

Oriah Mountain Dreamer
Semana difícil e ainda não acabou! Valeu hoje pelos mimos e pelo presente vermelho vivo. Não, não é um Ferrari, mas tem potencial para me levar a muitos sítios!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Arcade Fire - Wake Up

Eu tenho cancro - parte II

... Entretanto, tinha pela frente a mais difícil tarefa de todas, a de dar a notícia aos meus pais. Uma bomba! Ambos ficaram incrédulos, imaginem só qual o significado da doença cancro para alguém que ronda os 70 anos! Imediatamente disseram que estavam comigo, que fariam o que fosse preciso para eu ultrapassar a doença, e que tudo ia correr pelo melhor. Representei pela primeira vez com uma inigualável perfeição, um papel que sempre me foi familiar: o de estar completamente na merda e não deixar que ninguém, ninguém se aperceba. Porquê? Não sei bem. Talvez por uma questão de defesa (esta não é nova), e um pouco de incapacidade que sei que tenho em lidar com as minhas fraquezas emocionais.
Lembro-me que nesse dia, os meus sobrinhos P. e R. também lá estavam. Pedi que eles saíssem da sala, pois precisava de falar com os avós. Fizeram-no sem contestar, mas eu esqueci-me de um pequeno livro que me tinham dado no hospital, acerca do cancro da mama, no aparador do hall da entrada e eles viram-no. Perceberam logo e nesse mesmo dia já perguntavam às mães e irmãos mais velhos o que se passava comigo. Conversei com eles e esta foi a segunda tarefa mais difícil naqueles dias.
Ainda antes de a noite cair, fui ao cabeleireiro cortar o meu longo e lindo cabelo. Cortei-o pelos ombros.
A outra minha irmã não estava no país e quando chegou, o meu sobrinho B. deu-lhe a notícia. Ela enviou-me esta sms: "O homem vale pelo que é e não pelo que faz. E tu és uma grande mulher e vais conseguir ultrapassar tudo isto. Estou contigo." Até então, a relação com esta minha irmã era muito fria e distante. Não me perguntem a razão. Nem eu, nem ela sabemos responder. Aconteceu. Aconteceu até este dia. Costumo dizer e sentir que valeu a pena ter cancro para reencontrar a minha irmã mais velha. Hoje somos muito amigas e cúmplices. Valeu por isto...
Os meus amigos, os meus fantásticos amigos foram aparecendo e ficando ao longo dos dias. Um dia ainda hei-de escrever sobre eles. Vale a pena.
O namorado foi o único que se foi. E não vou escrever sobre ele. Não vale a pena.
Até que conheci o terceiro ser humano maravilhoso ligado à medicina, a minha médica oncológica. Comecei os tratamentos de quimioterapia. Uma invasão cruel e violenta do meu corpo. Fiquei careca em menos de 15 dias. Aliás, mal o cabelo começou a cair, fui rapá-lo. E não é que me ficava bem? A minha cabeça é perfeita!!! Sempre gostei de uma certa irreverêncoa no look como forma de expressão. E nunca me esquecerei da deliciosa sensação que é sentir o vento roçar-nos na cabeça...
Como uma das minhas mais inteligentes decisões que tomei foi continuar a trabalhar até que as forças não me permitissem mais fazê-lo, ainda experimentei algumas perucas a pedido da mami e do meu chefe da altura, um ser humano maravilhoso, mas que já tinha conhecido há alguns anos. Odiei as perucas. Que  coisa tão artificial. Não, não as quis para mim. Decisão tomada!

domingo, 24 de outubro de 2010

Pearl Jam - Just Breathe

Eu tenho cancro - parte I

"Eu tenho cancro." A frase que mais me custou pronunciar há 5 anos atrás. E mesmo das primeiras vezes que o fiz, fi-lo quase que obrigada por mim mesma, não me saiu naturalmente, pois não era sentida, ou eu não queria que o fosse. Começou a sê-lo à medida que a fui dizendo e que a rotina dos dias começou a ser diferente, adaptada a quem tem cancro.
Primeiro a notícia. Um choque tremendo, sem dúvida o mais tremendo da minha vida. Poderia dizer que foi como se o mundo caísse em cima de mim, como se me tirassem o tapete debaixo dos pés e de repente eu me visse a cair num imenso abismo, mas, sinceramente, ainda não encontrei uma frase, um conjunto de palavras capazes de descrever o que senti naquele longo momento.
Não que a notícia me tenha apanhado completamente desprevenida. Primeiro comecei por sentir o nódulo na mama, depois fui fazer uma primeira ecografia que deu como inconclusiva, mas nem por isso me safei do raspanete (como se eu tivesse culpa!) e dos avisos ameaçadores da técnica. Depois veio a segunda, e a biópsia, e as palavras sábias do médico que a fez (o primeiro maravilhoso ser humano ligado à medicina que conheci naquela altura)...
De facto e como pessoa inteligente que sei que sou, tudo indicava para o pior, mas como também sou uma optimista por natureza, a verdade é que nunca deixei de acreditar que o pior não se ia concretizar.
Lembro-me que recebi a notícia num consultório médico no hospital S. João. Lembro-me que desesperei. Sim, naquele instante eu soube o significado de desesperar. Chorei, gritei, pontapiei e esmurrei secretárias, cadeiras e armários. Empurrei pessoas, até que me aninhei a um canto... e chorei mais ainda.
Lembro-me também que uma enfermeira, o segundo maravilhoso ser humano ligado à medicina que eu conheci naquela altura, me orientou para o que me esperaria nos próximos dias. Felizmente que tinha uma das minhas irmãs comigo para ouvir. Eu não ouvi absolutamente nada. E ela levou com toda aquela violência emocional assim, sem estar preparada nem armada para tal.
Acalmei e liguei para o namorado e para a melhor amiga. Imagino que também a eles impus uma responsabilidade que não lhes era devida...
Entretanto, saí do hospital. Que alívio! E de repente, lá estava eu, a pensar que não tinha que ser tudo mau, haveria de existir uma finalidade útil para tudo o que estava a acontecer. Tinha pela frente uma guerra, mas não foi isso o que eu fui pedindo a vida inteira? Desafios para que me conseguisse superar a mim mesma e tornar-me um ser humano melhor? Esta seria a minha oportunidade, de saber quem realmente sou e do que sou capaz. Não quero, detesto aliás, cair em lugares comuns, mas foi mesmo isto que me passou pela cabeça. Disto lembro-me eu e foi neste instante que tudo mudou. O desespero passou ao sentido de pelo menos tentar, ao sentido de responsabilidade perante a vida e ao sentido de querer lutar...

URGENTE

Assim de repente lembro-me destas situações, onde é urgente actuar, envolver, embrenhar, trabalhar, agir, enfim... fazer algo. É impressionante que no mesmo mundo, onde existem vidas maravilhosas como a minha e a tua, haja tanta gente a sofrer nas mãos e interesses de poucos, com ainda menos escrúpulos, moral e altruísmo.

Refugiados
Exploração e escravatura
Tráfico humano
Pedófilia
Prostituição
Sem-abrigo
Fome, pobreza e miséria
Violação dos direitos-humanos
Exclusão social
Crimes de guerra
Alfabetização
Pena de morte
Racismo, xenofobia e homofobia
Controlo de armas
Violência sobre mulheres
Mutilação genital feminina
Terrorismo
Água potável
Preservação das florestas
Reciclagem
Lixos Tóxicos
Preservação de espécies
Direitos dos animais
Animais abandonados
Maus tratos
Touradas e outros espectáculos deprimentes e bárbaros
Caça ilegal
Preservação de espécies
Tráfico de animais exóticos
Testes em animais
Transporte de gado vivo
Animais em circos

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Mau tempo na Madeira

Eu não sou de entrar em pânico facilmente, mas confesso que hoje vivi momentos difíceis, aqui no Funchal.
Desde ontem à tarde que choveu, quase continuamente. A água abundou estradas abaixo e as sarjetas ficaram entupidas. As pessoas mostraram-se receosas e algumas até em pânico. Compreendo, não estive aqui em Fevereiro, mas vi imagens aflitivas e hoje tive uma ligeira percepção da violência do que aconteceu.
Grande parte do comércio no centro do Funchal fechou ao início da tarde e o trânsito ficou caótico, vários minutos para avançar poucos metros. A marginal esteve intransitável por várias horas. O nervosismo, esse era por demais evidente nos condutores. Nervosismo esse que quando atinge verdadeiras bestas, que julgam que o temporal só se abate por cima das suas cabeças e sobre mais ninguèm, acabam por ter reações brutais, como a do condutor que quase me atropelou, acabando por me empurrar para uma poça de água, só por que ele ia abrigado dentro do carro e eu ia no passeio a tentar desviar-me da chuva que corria rua abaixo e me chegava, quase aos tornozelos, e ainda por cima sem guarda-chuva!!! As ribeiras no centro eram castanhas e a água corria com uma violência tremenda. As sirenes fizeram-se ouvir por todo o Funchal.
Saí do hospital Dr. Nélio Mendonça por volta das 13h e ao entrar no parque de estacionamento, uma senhora aflita e em pânico pedia às pessoas para não tentarem sequer tirar os carros, pois os pisos estavam inundados. O meu carro só estava 4 níveis abaixo do solo. Os elevadores estavam desligados, e a água que corria escadas abaixo metia medo, de tanta que era. Resolvi esperar e fi-lo por cerca de meia-hora. Entretanto, a chuva parou por cerca de mais 20 minutos e a água nas escadas abrandou. Resolvi tentar descê-las, até para perceber em que condições se encontrava o carro. Quando cheguei ao piso -4, o carro estava bem, assim como eu, apesar de a água me chegar aos tornozelos. Consegui tirá-lo do parque, ainda que com muitos deslizes, ora para a direita, ora para a esquerda.
Não estou nada habituada a estas situações e cheguei a sentir medo. Por fim, tudo correu bem, para mim.
Sei que até a esta hora não foram registados feridos e apenas houve um desalojado. Apenas houve um desalojado, como se fosse apenas... para esse concerteza que o facto de perder a casa teve o mesmo peso de um mundo inteiro...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Lily Allen - Fuck You ( LIVE )



Aos intolerantes-ignorantes

Ele disse: "A homossexualidade é um comportamento nojento e contra-natura. O principal objectivo da raça humana é reproduzir-se e os homossexuais não podem fazê-lo..."
E eu interrompi e argumentei: " Espera lá, primeiro o objectivo da raça humana deve ser o ser feliz e preservar o mundo para as gerações que hão-de vir! E o que dizes daqueles heterossexuais que por motivos de saúde, por exemplo, não podem reproduzir-se? Têm defeito e devem ser atirados fora? Além do mais, a partir do momento que um ser humano desenvolve sentimentos por outro, ainda que do mesmo sexo, não é nada contra-natura. Mas tu não percebes nada do que estou para aqui a dizer, pois não?"
Depois pensei: "Para quê? Ele é mais novo do que eu e ainda assim é tão intolerante! Ainda por cima estou com a neura, para quê me dar ao trabalho? Que se lixe!..."

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Madeira



Gosto de estar na Madeira. É tudo tão tranquilo... As pessoas são bem dispostas e disponíveis (só chateiam quando se lembram de atravessar a rua com o vermelho para os peões!... que mania!!!), a comida é óptima e o clima... sempre quentinho!
Ah! Estou em trabalho, não se iludam pela paisagem do quarto do hotel, ok?

domingo, 17 de outubro de 2010

Xutos e Pontapés - À minha maneira

Dedicado àquele bichinho que insiste em viver dentro de mim. Tu sabes que eu te adoro, eu sei que sou muito acolhedora, mas será que dá para "desamparares a loja" durante pelo menos mais 5 anos? Dava jeito...

Pearl Jam - Angel (Bridge School '92)

Para ti, R.

Tu és um anjo na minha vida!

Primal Scream - Star

Anti-depressivo

"Porca Miseria"

Bolas... e estou eu, a um domingo à tarde, sentada no sofá da sala a ver o telejornal (sim, eu deixei de deprimir desde que deixei de ver televisão, mas de vez em quando tenho recaídas...), e fico CHOCADA com o que vejo!
Numa estação de metro de Itália, depois de uma breve discussão, supostamente por causa dum bilhete, um jovem de 20 anos dá um soco numa enfermeira romena de 32. Esta cai estatelada no chão, entra em estado de coma, morrendo mais tarde. MAU, VIOLENTO, DESPREZÍVEL, ABJECTO, INFAME, COBARDE, IGNÓBIL... Ok, tudo isto e mais alguma coisa.
Mas como poderei qualificar a indiferença de uma série de outros cidadãos que, entretanto passaram pela enfermeira inanimada no chão e fizeram de conta que nem a viram? Foi impressionante ver aquela gente ignorar alguém, que poderia ou não, mas o que interessa é que poderia, precisar de auxílio!!!
Só pode ser atitude de pessoas que não são feitas do mesmo que nós! É uma hipótese, não se esqueçam que é gente que tem como presidente Silvio Berlusconi, um dos maiores corruptos e putanheiros da humanidade!... Mas ainda assim não me conformo, não explica tal insensibilidade e frieza. Como é possível???
Estamos a falar duma vida humana, como falámos durante toda a semana a propósito dos mineiros chilenos... ok, é verdade, também como ignorámos as 118 vidas do submarino russo Kursk...
Estou confusa, já nem sei o que pensar. Ora dá para uns e não dá para outros... não entendo, palavra que não!
Alguém me explica?  

Saltimbanco


Saltimbanco, o mais antigo show itinerante do Cirque du Soleil.
Estive no Pavilhão Atlântico no sábado para ver. Lindo!!!
Daqueles espectáculos que todos deviam assitir. É impossível sair de lá indiferente à alegria e cor. Acrobacias de cortar a respiração, guarda-roupa e caracterização impecável e uma verdadeira banda vibrante. Amei!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

The Cult - Sweet Soul Sister



À minha irmã P.


Para começar, faz-me um favor (tu nunca me recusas nada! :)), põe o volume bem, bem alto.


Parabéns!
Não tenho grandes novidades para te dizer. Apenas desejar-te um dia muito feliz. Se eu pudesse, era uma das minhas tarefas nesta vida, dar-te um dia muito feliz, todos os dias. Durante estes últimos anos, fui-te dizendo tudo o que sinto, anos estes que também por tua causa, apesar de todas as adversidades, foram os melhores da minha vida.
A propósito de um livro, que li há já algum tempo, Fernão Capelo Gaivota é uma gaivota (claro, com este nome não ia ser um pintainho!!!), que crê que voar não se resume a uma simples forma que a ave tem para se movimentar. Esta história conta o fascínio e a luta de Fernão pelas acrobacias que podem fazer a diferença nas nossas vidas e como isso transtorna o grupo de gaivotas do seu clã. É uma história sobre liberdade, aprendizagem, coragem e amor, e sempre que me lembro desta história, lembro-me de ti.
Viste-me nascer e ajudaste-me a crescer, ainda ajudas. A cumplicidade, até no olhar, e os grandes momentos, esses levo-os comigo seja para onde for. Tu sabes que és especial. Obrigada por estares sempre lá e sempre, sempre acreditares em mim. Quero-te comigo... E eu, eu estarei contigo...

P.S.: Verde? É a tua cor.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

one:u2

Parabéns A.

Ouço dizer, muitas vezes, que amigo é aquele que está lá nas horas difíceis, para nos dar um consolo e um abraço. Sim, é verdade, e tu estás sempre lá.
É-o e não só. Quando penso na minha amiga girafinha (linda, elegante e esguia que se farta!), do que mais me recordo é dos momentos de efusiva alegria e até mesmo palhaçada que já partilhámos. Estar contigo é viver como gosto, desprendida e alegremente. Gosto das conversas jogadas fora, das barbaridades que são ditas, das experiências que temos, dos crepes com chocolate... É uma animação!
Podes ter a certeza que por ti me mandaria do precipício só para te estender a mão e cairmos as duas de mãos dadas... e aposto que ainda haveria tempo de uma gargalhada antes de nos esborracharmos no chão. A prova disso é conseguires manter-me acordada para te dar os parabéns às 0:00! :)
Por uma amizade sentida, por uma amizade vivida. Parabéns!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Isobel Campbell & Mark Lanegan - Get Behind Me

Para ti, para ti e para ti...

Prémio Nobel da Paz

Confesso estar surpreendida com a atribuição do Prémio Nobel da Paz a Liu Xiaobo. Surpreendida e feliz. Quando ouvi a lista dos nomeados, dias antes do anúncio, pensei para mim mesma: "Que bom seria que o prémio fosse atribuido ao chinês. Já é tempo daquele povo ser ouvido. Tiananmen não pode cair no esquecimento!" E logo no momento seguinte voltei a falar para mim: "Nã! Não acredito que Oslo, ou até outra capital do mundo tenha a coragem." E não é que tiveram mesmo???
Gosto de ver estas motivações para se fazer a diferença no que diz respeito aos direitos humanos. Soube-me mesmo bem!
Nunca esqueçam que foram jovens como nós que deram, em Tiananmen, a sua vida "pela paz, liberdade e democracia", por aquilo que de uma forma ou de outra todos reclamamos, pois sabemos que é um direito.

Xeque-mate!

Às vezes a vida parece-me um jogo de xadrez. Aliás, nessas mesmas vezes, tudo me parece um jogo de xadrez, onde eu sou um peão. Vejo que só há uma hipótese: a de executares a jogada certa, dizeres as palavras certas, teres a atitude certa, incorporares o comportamento certo. Não sinto grande margem para impulsividades, instintos ou intuições... enfim, para aquilo que te faz um ser humano diferente de todos os outros. Caso contrário, xeque-mate, já foste!
Mas eu só faço o que sei e o que posso e isso pode ser problemático. Socorro... eu não sei jogar xadrez!

dEUS - Nothing really ends (Live)



Mais uma daquelas lindas de se ouvir...

Eat Pray Love


Um filme de prazeres, busca e felicidade! Identifiquei-me... muito! Acho que se vai tornar nos poucos que vou rever vezes sem conta.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

The Last Shadow Puppets ft Alison Mosshart - Paris Summer

Retro e épico

Cem anos e 1 dia após...

Cem anos e um dia após a Implantação da República. O que é que isto me diz?
Assim de repente, até poderá sugerir-me a possibilidade de escolher o líder do meu país (mesmo que me arrependa no mês seguinte), mas a verdade é que hoje já nem isso me é preemente enquanto cidadã. Por exemplo, nas eleições anteriores, e muito provavelmente nas próximas, votei em branco. É que diante de tantos palhaços, é-me difícil escolher qual deles faz e poderá fazer mais e melhores palhaçadas. Para mim, são todos iguais com as suas performances da treta. Com a agravante de serem palhaços tristes, ou tristes palhaços, que nada mais fazem do que nos pôr a chorar.
De resto, mais educação?... Não gozem comigo! Mais saúde?... Nã, estamos em estado terminal! Responsabilidade económica? Compromisso social? Liberdade?
... Vou-me ausentar, estou nauseada...
... Não! Pára! Há algo que se mantém imutável, orgulhosamente próprio de português pobre, muito pobre, diria até miserável de espírito. São as comemorações, os festejos, as cerimónias, os protocolos, a pouca vergonha do dinheiro gasto desta forma, em altura de crise e de "apertar o cinto", dizem eles!!!
O que alguns portugueses ainda não perceberam é que a crise económica existe e existirá sempre enquanto persistir esta crise mental nacional.
O que é que cem anos e 1 dia após a Implantação da República me diz? Nada, absolutamente nada!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Nuno e os Nirvana

Li no Blitz uma declaração dos Interpol e lembrei-me de ti, Nuno. Vê lá se não te revês: "Os Nirvana são a razão que me levou a ser músico, mas o Kurt Cobain era inimitável: não podes cantar assim a menos que sejas o Kurt Cobain."
Que bom que os Nirvana existiram!

Quase!

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo o que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que se escapam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "bom dia", quase que sussurrados. Sobra a cobardia e falta a coragem até para ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor e o sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que a fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance. Para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência. Porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Para os erros há perdão; para os fracassos, chance; para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar uma alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixo que a saudade me sufoque, que a rotina me acomode, que o medo me impeça de tentar. Desconfio do destino e acredito em mim. Gasto mais horas a realizar do que a sonhar, a fazer do que a planear, a viver do que a esperar, porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Miss Sarajevo U2 Clipe-Guerra Bósnia Legendado em português



Dos conflitos mais estúpidos e irracionais dos últimos tempos.
Eu continuo a acreditar no amor, de todas as formas, em todos os tempos! E tu?...
Não me lembro se era um BlackBerry ou um Nokia, mas sei que nunca devia ter acedido ao pedido de memorizar o meu número. Teria sido tão mais fácil termos ficado por ali e nunca mais termos falado...

Joy Division - Love Will Tear Us Apart (Video)

Esta amo!

Jane's Addiction - Jane Says (Live)

Porque gosto... gosto muito...

Estou passada! E quem me conhece sabe que para eu dizer que estou passada é por que estou mesmo passada! Além de passada, sou uma pessoa prática. O amor é o que é, aquilo que cada um sente e vive. Se o sinto é porque existe em mim, existe no Universo. Cada um entende a vida de forma diferente e se o faz tamém actua nela de formas diferentes.
Mas a verdade é que sempre que se sente algo, fica-se com a sensação que isso é finito. Quando o amor acaba, ou seja lá o que for, fica-se com a sensação que agimos errado, que entendemos tudo ao contrário e até que se inventou tudo o que se passou. Como Cazuza diz: “o nosso amor a gente inventa para se distrair e quando acaba a gente pensa que ele nunca existiu.”
Muitos virão com ene de teorias acerca do que o amor é. Inclusivé haverá quem venha com a treta antropológica de que o amor é cultural, ou até com a ainda maior treta que o amor é psicológico.
Sabem o que digo?
Eu digo: Foda-se! Quero lá sabar o que é amor para vocês todos. Para mim é algo que existe. Nem sempre... mas neste momento existe. E escondê-lo é enganar-me a mim própria, enganar os meus confidentes, não ter a coragem de assumir a escolha que fiz. E eu não gosto de me sentir cobarde, eu não quero sentir que não assumo aquilo que faço.
Gostei de flutuar, por muito pouco tempo que tenha sido. Não gostei de pisar o chão novamente, mas sei que será sempre inevitável. Mas esta última desagradável sensação só persistirá até flutuar novamente... e até voltar a pisar o chão, novamente.
Apesar de tudo e tudo, eu ainda sinto... e continuarei a sentir.
Ah! Então não continuarei!!!

Wish right now

"Can we pretend that airplanes
in the night sky are like shooting stars
i could really use a wish right now
wish right now, wish right now"

Super-Bock

Como já disse, hoje fui ao supermercado fazer as compras da semana/mês. Nunca trago bebidas. Não bebo água engarrafada, raramente bebo sumos, refrigerantes ou bebidas brancas, vinho tenho sempre e leite é a minha mãe que mo compra (não bebo leite de vaca, só de arroz), na tentativa de participar na minha incursão pela alimentação saudável, uma vez que não a deixo participar em mais nada. O que me resta? Trazer uma embalagem de mini Super-Bock com a convicação de quem traz um bem essencial. E não é que é mesmo essencial? Bebo-as religiosamente todas as sextas e sábados à noite!

The Cult - Love Removal Machine



Alguém sabe onde comprar uma máquina destas? Quem souber, diga-me, por favor. Dá-me um jeitaço nesta altura. Pago o que for preciso!

Eu quero!

Martirizo-me, torturo-me às vezes, dizendo: "tens de te deixar dessas coisas e assentar de uma vez por todas (um dia conto-vos que coisas são essas), por favor do que esperas, a vida não é o que idealizamos. Caso contrário irás ser uma eterna solitária!"
Mas quem quero eu enganar? A mim? Por favor!!!
Passo horas no trânsito e impressiono-me com as trombas do carro ao lado. Eles nem olham nem falam um com o outro!
Tenho dois exemplos próximos, que passados 50 anos de vida em comum, deram-lhe agora para discutir por tudo e por nada. Até discutem a forma como o outro o viu  durante estes anos todos!!!
Mais exemplos tenho de quem se arrepia todas as noites quando se deita ao lado de quem não lhe diz absolutamente nada e adormece sonhando com aquele que diz!
Depois há aqueles que por desespero ficaram com quem apareceu. E os que, por comodismo continuam com quem um dia apareceu!
Enfim... dava uma noite de exemplos, mas não tenho tempo. Tenho sono e quero ir dormir!
É claro que a vida pode ser o que idealizamos. Só o fazemos pelas referências vivas que vamos tendo.
Eu quero borboletas na barriga sempre! Adrenalina sempre! Conforto sempre! Vida sempre! Amor sempre!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Irritei-me!

Hoje fui às compras ao supermercado do El Corte Ingles. E não é que já estão com decorações de Natal??? Mas que mania esta!... Se passamos algum tempo a lamentarmo-nos da idade qua avança, do tempo que ficou para trás, da vida que não pára, para quê acelarar algo que só acontecerá daqui a mais de 2 meses? Arre, mas que mania mesmo! Até lá, gastaremos quê? Uma tarde nas decorações? Que sejam dois ou três dias em compras. E, entretanto, as semanas que traduzidas em dias que, por sua vez, traduzidas em horas serão traduzidas em tempo para amar, chorar, trabalhar, gozar, cuidar, afligir, tratar, cumprimentar, idealizar, ouvir, ler e comer, passear... não contam para celebrações???

Concerto U2

Simplesmente brutal!...

sábado, 2 de outubro de 2010

INFERNO

Já estive no inferno uma vez...
Chorei, desesperei, combati
Voltei ao inferno e pergunto
Quantas mais vezes terei de chorar, desesperar e combater
Para que chegue ao céu?

David Bowie - Absolute Beginners




I've nothing much to offer
There's nothing much to take
I'm an absolute beginner
And I'm absolutely sane


As long as we're together
The rest can go to Hell
I absolutely love you
But we're absolute beginners
With eyes completely open
But nervous all the same


If our love song
Could fly over mountains
Could laugh at the ocean
Just like the films


There's no reason
To feel all the hard times
To lay down the hard lines
It's absolutely true


Nothing much could happen
Nothing we can't shake
Oh we're absolute beginners
With nothing much at stake


As long as you're still smiling
There's nothing more I need
I absolutely love you
But we're absolute beginners
But if my love is your love
We're certain to succeed


If our love song
Could fly over mountains
Sail over heartaches
Just like the films


There's no reason
To feel all the hard times
To lay down the hard lines
It's absolutely true

Eu peço...

Só peço
A força de um oceano
Num dia de tempestade
Para acreditar
Para lutar