Porto
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Que direito?
Uma coisa é levares com a merda em cima e ainda assim achares que vale a pena lutar, e por isso vives mais ou menos bem. Outra coisa é não teres força para dar a volta, ou achares que não vale a pena, e por isso, simplesmente desistes. Outra coisa ainda, é achares que queres sossego, deixar andar e simplesmente parares com a luta, o esforço, a vontade, mas não podes. São demasiadas as pessoas que, ou esperam que tu vivas para viverem, ou esperam que sejas tu a dares o alento e o exemplo de vida, ou que sejas tu o hino à vida, ou que sejas tu o escape para as vidinhas de merda e crenças que um dia um guru qualquer de trazer por casa se lhes enfiou no raio das suas cabeças. Terei eu o direito de as desapontar, ou direito à escolha de me deixar morrer?
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
domingo, 5 de dezembro de 2010
Confia A.
... Até posso, mas não é suposto, pelos menos pegar-te ao colo. Mas acredita A., vai tudo correr bem. Acredita que sim. Só assim faz sentido. De tantas vezes que me revolto e me zango a valer com eles e de todas estas vezes, no fim de gritar, chorar e estrebuchar, um sentimento de paz e segurança envolve-me na certeza de que tudo vai correr bem. É sempre assim e não evita que me volte a zangar. Mas é assim, sempre assim... e tudo acaba por correr bem. Confia e deixa rolar...
É incrível que até aquele a quem matas a fome (ou não, se calhar ele nem tem tanta fome assim), te tenta reduzir ao nada e pôr-te entre tantos outros que o olham com indiferença e até com alguma repugnância. Bolas, será que ainda não percebeu que se estou lá, faça chuva (e tem feito imensa), ou faça sol é porque o(s) considero e o(s) vejo como semelhante(s)? Nem mais, nem menos...
O poder libertador do palavrão
Pior que o mal de todos os outros, homens e mulheres, é o mal que me fazes ao deixares-me aqui sozinha... Eu luto tanto e sabe-lo melhor que ninguém. Preciso de ti, não tenho forças para tanto. Não, não é suposto tu ires embora... não me deixes.
... Se não estás comigo agora, não te quero nunca mais. Sai do meu corpo, sai da minha alma. Sai do meu corpo, sai da minha alma. Não te quero mais!
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Eu tenho cancro - parte III
Durante estes dias vivi situações fantásticas e muito tristes, como um sorriso de confiança vindo de um desconhecido ao ver-me careca, admirações e reparos de crianças e adultos, mal formados, coitados, nas salas de espera dos centros de saúde, palavras de alento por parte dos médicos e dos colegas de trabalho, ao apoio incondicional e soberbamente genuíno da família e dos amigos. De facto, e perdoem-me todos os demais, mas a minha vida não teria sido fantástica em dias tão terríveis, se não existisse a família que tenho hoje e os amigos que ainda tenho e faço questão de ter sempre. Tenho de dizer que não houve um dia, uma hora, um minuto que não tivesse alguém do meu lado disposto a viver comigo a minha vida tal e qual ela era e sempre com a consciência da difícil tarefa de a tornar mais leve e alegre. E foram de facto dias de muita felicidade, acreditem, apesar de tudo. Honestamente, orgulho-me de durante estes 5 anos ter tido uma vida o mais normal possível, o mais feliz e alegre possível e acima de tudo o mais preenchida possível, também graças a todos eles.
Lembro-me que na altura não desisti nem desistiram de mim e ainda frequentei as consultas de um médico japonês que me orientou em termos de alimentação e fitoterapia chinesa, contactei várias clínicas no estrangeiro e cheguei a ir a uma consulta à Clínica Universitária de Navarra, em Pamplona. O resumo de todas estas incursões: estava muto bem orientada, diziam.
O grande dia chegou, mas antes disso ainda tive um extremo e triste episódio, travado com o serviço de cirurgia plástica do hospital S. João. Se era lá que estava a ser tratada, obviamente seria lá que seria operada. Foi quando conheci o quarto maravilhoso ser humano ligado à medicina, a ginecologista que me iria operar.
Depois de ter reunido com a cirurgia plástica, chegaram à conclusão que eu tinha todas as condições para fazer a reconstrução imediata do peito. Deram-me esta execlente notícia.
No entanto, por motivos e guerras internas, consoante vim a saber mais tarde e também por falta de escrúpulos, e agora já sou eu que o digo... e repito as vezes que forem necessárias, três dias antes de dar entrada no hospital para ser operada e na última reunião que teria com a esta especialidade, dois médicos horrorosos e sem um pingo de humanidade, disseram-me da forma mais fria que possam imaginar que a possibilidade de recontrução imediata estava fora de hipótese, virando-me as costas logo de seguida e recusando-se a dar-me mais explicações. Ora, eu fiquei completamente na merda, mas ainda assim tive forças para entrar de rompante na sala de reuniões onde quase todo o serviço estava reunido, seguida da minha mãe, que nunca teve papas na língua, e foi o cabo dos trabalhos. Uma cena mesmo muito feia e triste. Lembro-me ainda que a médica cirurgiã que estava destacada para me operar, e que tinha sido dispensada de tal tarefa na mesma altura e com a mesma indiferença com que me disseram que já não ia fazer a reconstrução, até chorou de tanta revolta.
Pois é, se até então o dia mais ansiado era aquele em que finalmente iria tirar o bichinho de dentro de mim, a partir desse dia passou a ser o mais temido.
E agora mandem calar os violinos que ouvem ao fundo, porque aquilo que vou dizer é mesmo verdade e digo-o sem qualquer vergonha. Os anjos existem mesmo! Na véspera de dar entrada no São João, à noite recebo uma chamada no telemóvel de uma médica, o quinto maravilhoso ser humano ligado à medicina que conheci entretanto, que estava de licença no hospital e que tinha ouvido falar no meu caso e como é óbvio, sendo ela um bom ser humano, achou uma barbaridade o que o serviço de cirurgia plástica me fez. E o que ela tinha para me dizer? Que estava disposta e que me iria fazer a reconstrução imediata caso eu estivesse disponível para ser operada na privada, uma vez que ela naquele momento não o podia fazer no hospital. Imediatamente disse que sim e a alegria foi tal que, mais uma vez, desculpem, mas não consigo descrever.
Passados cinco dias, julgo, lá estava eu, preparadíssima para entrar no blobco, mas não sem antes pedir ao meu anjo da guarda, com muita vontade e convicção para me deixar morrer caso não fosse eu ficar curada.
sábado, 20 de novembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Pulp - Something Changed
Porque acredito mesmo que tudo acontece por uma razão... Vamos lá descobrir a razão desta "coincidência"...
domingo, 14 de novembro de 2010
Aung San Suu Kyi
Também me arrancou um gargalhada a declaração de Sarkozy, que afirmou que a partir de agora vai estar de olho no governo de Mianmar a ver se este não volta a reprimir as acções da prémio Nobel da Paz! Mas é claro que volta... aliás, nunca deixou de o fazer.
Quanto ao sr. Sarkozy, seria bom que aproveitasse a onda de preocupação pelas liberdades fundamentais do ser humano e olhasse um pouco mais para a injustiça social do seu país.
Fico, evidentemente, muito satisfeita com a libertação de Aung San Suu Kyi, mas continuo preocupada com o destino do povo de Mianmar, pois acho que o encarceramento da liberdade continua, como que com pena máxima, naquele país. A ver vamos o que nos trazem os próximos dias....
Hard Club
Gostei imenso! Só não me agradou a chuva que nos fez chegar ao carro completamente encharcados. Ontem à noite choveu "cães e gatos" na cidade do Porto.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Luna
Discípulo: Como posso encontrar a minha natureza de Buda?
Mestre: Tu não tens natureza de Buda.
Discípulo: E os cães?
Mestre: Eles, sim, têm natureza de Buda.
Discípulo: Então, porque não tenho natureza de Buda?
Mestre: Porque precisas de perguntar.
Estes mestres peludos, babões e brincalhões, mesmo nos piores dias de cão, sentam-se, olham-nos e expressam as mais puras qualidades: honestidade, lealdade, amor, compaixão e alegria.
Um ano de vida de um cão vale bem os 7 do ser humano, pois eles não vivem com o inútil nas suas cabeças e corações e sabem bem o que é o amor incondicional.
Também sabem o que é verdadeiramente importante, como uma sesta ao sol, ou um longo passeio sem destino certo.
Gosto da minha família e dos meus amigos. Gosto de animais.
Gosto de meditação e reiki. Gosto de fazer acupunctura.
Gosto de música e de ler.
Gosto de ir a concertos e ao teatro.
Gosto de conduzir, sobretudo a alta velocidade.
Gosto de ter medo e de superar esse medo.
Gosto da minha casa.
Gosto da minha cidade.
Gosto da sofisticação da semana e da descontração do fim de semana.
Gosto dos meus vestidos e stilettos. Gosto dos meus jeans e do meu blusão de couro. Gosto de botas.
Gosto de pulseiras e anéis grossos.
Gosto de perfumes suaves e gosto de "Eau de Merveilles".
Gosto da Natureza, de ar puro, do sol e do mar. Gosto da terra e do campo.
Gosto de estar em casa em tardes de chuva, e comer scones com doce de morango.
Gosto de mimos e de dar beijinhos.
Gosto de rir, rir, rir... e de sorrir.
Gosto de tatuagens.
Gosto de ganhar, até a feijões.
Gosto de flirtar.
Gosto de fazer exercício e de cenas radicais.
Gosto do novo. Gosto do alternativo.
Gosto do meu trabalho.
Gosto de pensar e de escrever.
Gosto de chocar.
Gosto de chocolate negro e de profiteroles.
Gosto de maçãs, peras e maracujás.
Gosto de corpos atléticos.
Gosto de braços, à minha volta, de mãos, pescoços e olhos.
Gosto de almoços e jantares prolongados. Gosto de esplanadas.
Gosto de cuidar. Gosto que cuidem de mim (ufa! consegui...)
Gosto que me ouçam e que falem pouco.
Gosto do silêncio.
Gosto de viajar, conhecer pessoas e locais.
Gosto de aprender, gosto de sentir, gosto de tocar.
Gosto de preto, azul escuro e verde limão!
Gosto de motas.
Gosto de espinafres.
Gosto de cortar na casaca.
Gosto da Kimidol.
Gosto de respeito.
Gosto de dar... e receber, claro!
The Doors - Waiting for the sun
"Quem espera sempre alcança." Um hino ao caminho percorrido até que se alcança o que se deseja. Um caminho onde temos o tempo e o espaço para recriar e nos deliciar com o objecto do nosso desejo. Saber esperar é visualização criativa, é criar oportunidades.
Não encaro este tempo como passividade, mas como a conquista de um estado sereno e seguro.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Conselhos da Vicky
O Amor
Gustave Flaubert
Ao meu amigo A.
Sei que o mais provável é não leres esta mensagem, mas eu acredito que um dia ainda vou poder dizer-te que acredito em ti, que és um homem bom, com responsabilidades e valores. Imagino o quanto te será difícil estar longe dos que mais gostas, mas é também por eles que peço que voltes.
Apesar de tudo o que já atiraste para detrás das costas, existem duas pessoas pelas quais vale a pena atravessar desertos e tempestades, o teu filho e tu.
Quero que penses nele e que tomes uma decisão. Os dedos apontados e os olhares acusadores, esses vão ser mais que muitos, já sabes. Mas acredita que não estás sozinho e sem julgamentos ou perguntas, eu estou cá. Eu também sei do que és feito e ao que parece não sou a única.
Não desistas, por favor. Ainda viverás muitos dias de glória. Não é à toa que te deram um nome à imagem do teu clube. :)
Como sei que gostas muito de Peter Gabriel, aqui vai esta.
Beijos, A.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
domingo, 7 de novembro de 2010
"As pessoas tristes não gostam de pessoas felizes, as pessoas felizes aborrecem-se perante as infelizes"
E assim, a capacidade de se ser feliz fica aprisionada pela inútil, mas desejada valorização pessoal e social de se ser um indivíduo dorido e com traços, ainda que leves, de mártir.
E mesmo quando têm momentos de lucidez e querem deixar de se sentir vítimas do universo, surge como que aquela deliciosa imagem de Fernando Pessoa, do homem que quando decidiu retirar a máscara, esta já era a sua cara. Demasiado tarde, meu caros.
Falo na terceira pessoa, desculpem-me a aparente falta de humildade, mas de facto sei que não sou uma filha renegada de algo superior que existe no nosso mundo, seja ele Deus, Alá ou Universo. Sou sim uma privilegiada pelas pessoas que tenho na minha vida, pelas experiências sentidas e pelas inúmeras oportunidades que vou tendo para existir e sentir-me viva. Não falo tanto das contrariedades, mas mais do alcance conseguido através delas. Eu sinto o coração a bater e o sangue a latejar. E tu, sentes o mesmo?
"As pessoas tristes não gostam de pessoas felizes, as pessoas felizes aborrecem-se perante as infelizes." - Horácio, poeta romano
sábado, 6 de novembro de 2010
P... que pariu os ignorantes!!!
Mas que raio de gente é esta? O desgraçado está encarcerado e luta, só ele sabe como e com que força, pelos direitos humanos no seu país, e os beneficiários das suas acções não sabem quem ele é e ainda têm a coragem de vir acenar com bandeirinhas ridículas ao ditador que os subjuga descaradamente? Haja indiferença por tudo o resto, mesmo o que socialmente nos diz respeito, nem que para isso tenhamos que desprezar e ignorar quem nos tenta libertar!!!
Tenho o maior respeito e admiração pela cultura milenar chinesa, mas o ainda maior desprezo por quem baixa a cabeça e se deixa manietar por uma hierarquia prepotente, ao ponto de controlar a maior sociedade a nível mundial, com cerca de 1 bilhão e 313 milhões de habitantes.
E já agora, que raio faz Hu Jintao aqui? É que nem tudo foi explicado ou divulgado...
05 - Saul Williams - List of Demands (Reparations)
A minha lista de exigências? Simples:
- A minha cura
- Tu, P.
Só??? Sim, só!
O resto? Cá estou eu para fazer por isso.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
- Livro, José Luís Peixoto (finalmente!!!)
- Bem-aventurados... os que ousam!, Isabel Abecassis Empis
- O Céu e o Inferno, Allan Kardec
- Come Around Sundown, Kings of Leon
- Swanlights, Antony and the Johnsons
- 1969 - 1974, David Bowie
- 1974 - 1979, David Bowie
Um fim de semana em cheio. Já sei que para a próxima semana estou lá. É vício...
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Saul Williams
Convido todos os visitantes deste blog a conhecer este senhor (caso ainda não o conheçam).
Saul Stacey Williams é um escritor, actor e músico norte americano, conhecido pela sua mistura de poesia e hip-hop e pelo papel activo no movimento para a música livre da GDD (Gestão de Direitos Digitais).
Voz crítica, com preocupações políticas, socais e pacifistas, tem o dom da palavra nua e crua. Entra-me directo na alma com comoção!
"Said the shotgun to the head" é por isso um livro obrigatório. Quanto a música recomendo "The Inevitable Rise and Liberation of Niggy Tardust", editado em 2007 e produzido em parceria com Trent Reznor dos Nine Inch Nails.
Aviso desde já que a FNAC, vai-se lá saber a razão, não tem nem livros nem música deste lindooooooooo e talentoso homem.
Curiosidades ou falsos paradigmas
"[A televisão] não conseguirá manter por mais de seis meses nenhum mercado que venha a conquistar. As pessoas logo se cansarão de ficar a olhar para uma caixa de madeira aglomerada, todas as noites." - Darryl F. Zanuck, executive da 20th Century Fox, 1946.
"Não há motivo nenhum que justifique que qualquer pessoa tenha um computador em sua casa." - Kennet Olsen, presidente e fundador da Digital Equipment Corporation, 1977.
"Esse tal de telefone tem muitas deficiências para poder ser considerado seriamente como um meio de comunicação. O aparelho não representa nenhum valor que nos seja inerente." - memorando interno da Western Union, 1876.
"[O homem nunca chegará à Lua] independentemente de todos os futuros avanços científicos." - Lee de Forest, inventor da válvula de audio e pai do rádio, 25/02/1967.
"Aviões são brinquedos interessantes mas não têm qualquer valor militar." - Marechal Ferdinand Foch, estratega militar francês e futuro comandante na I Guerra Mundial, 1911.
"Para a maioria das pessoas, o uso do tabaco tem um efeito benéfico." - dr. Ian G. MacDonald, cirurgião de Los Angeles, conforme citado na revista Newsweek, 18/11/1969.
"A terra é o centro do Universo" - Ptolomeu, astrónomo egípcio, séc. II.
"Nada de importante aconteceu hoje." - escrito, no seu diário, pelo Rei Jorge III da Grã-Bretanha, no dia da independência dos EUA, 04/07/1776.
"Tudo o que poderia ser inventado, já foi inventado." - Charles H. Duell, oficial do departamento de patentes dos EUA, 1899.
domingo, 31 de outubro de 2010
E lá vou eu outra vez...
Halloween
Homeless Mustard Sings "Creep" on Opie and Anthony's Sirius/XM show
Há dias em que pensas que a tua vida está ou é uma merda! De facto, chegas a ser confrontado com situações que crês serem injustas, severas, desumanas.... Situações que te provocam sofrimento, desespero, agonia, dor inclusive.
Até que um dia te deparas com uma série de rostos, com as mãos estendidas e olhos vazios e chegas à conclusão que, apesar de tudo, a tua vida é uma vida cheia, tem história.
Dás de caras com a miséria. E mais constrangedor que tudo isso, é veres nesses rostos, não a infelicidade, a desilusão, mas o conformismo, o desapego e o abandono de sonhos, de conquistas e de alento. Já não interessa do que são capazes, pois há muito que deixaram de viver.
Arrumações
sábado, 30 de outubro de 2010
Conselhos da Vicky
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Hoje foi um bom dia!
Hoje ouvi profunda remissão. Nem sei o que sentir, o que falar, tão pouco o que escrever... Não sei se me entendem... mas também não quero saber. Vou festejar! Até breve...
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Um dos meus favoritos
Não me interessa qual é o teu modo de vida. Quero saber o que anseias, e se te atreves a sonhar alcançar os desejos do teu coração.
Não me interessa que idade tens. Quero saber se arriscas fazer figura de louco por amor, pelo teu sonho, pela aventura de estar vivo.
Não me interessa saber quais os planetas que estão em quadratura com a tua lua. Quero saber se tocaste o centro da tua própria dor, se as traições da vida te abriram ou se murchaste e te fechaste com medo de outros sofrimentos!
Quero saber se consegues sentar-te com a dor, a minha ou a tua, sem te mexeres para a esconder, disfarçar ou compor.
Quero saber se consegues viver a alegria, a minha ou a tua, se consegues dançar loucamente e deixar que o êxtase te encha até às pontas dos pés e das mãos sem nos advertires para termos cuidado, sermos realistas, ou nos relembrares as limitações de ser humano.
Não me interessa se a história que me contas é verdadeira. Quero saber se consegues desapontar o outro para seres verdadeiro contigo próprio, se consegues suportar a acusação de traição e não atraiçoares a tua própria alma; se consegues não ter fé e seres, por isso, digno de confiança.
Quero saber se consegues ver a beleza todos os dias, mesmo quando o que vês não é bonito, e se consegues basear a tua própria vida na sua presença.
Quero saber se consegues viver com o fracasso, teu e meu, e mesmo assim erguer-te à beira do lago e gritar "sim!" à lua-cheia prateada.
Não me interessa saber onde vives nem quanto dinheiro tens. Quero saber se depois de uma noite de dor e desespero, exausto, dorido até aos ossos, consegues levantar-te e fazer o que é preciso para alimentar as crianças.
Não me interessa quem tu conheces, nem como chegaste aqui. Quero saber se ficarás comigo no centro do fogo, sem recuares.
Não me interessa onde ou o quê ou com quem estudaste. Quero saber o que te sustém interiormente quando tudo o mais desaba à tua volta.
Quero saber se consegues estar só contigo mesmo e se gostas verdadeiramente da companhia que te fazes nos momentos vazios."
Oriah Mountain Dreamer
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Eu tenho cancro - parte II
Lembro-me que nesse dia, os meus sobrinhos P. e R. também lá estavam. Pedi que eles saíssem da sala, pois precisava de falar com os avós. Fizeram-no sem contestar, mas eu esqueci-me de um pequeno livro que me tinham dado no hospital, acerca do cancro da mama, no aparador do hall da entrada e eles viram-no. Perceberam logo e nesse mesmo dia já perguntavam às mães e irmãos mais velhos o que se passava comigo. Conversei com eles e esta foi a segunda tarefa mais difícil naqueles dias.
Ainda antes de a noite cair, fui ao cabeleireiro cortar o meu longo e lindo cabelo. Cortei-o pelos ombros.
A outra minha irmã não estava no país e quando chegou, o meu sobrinho B. deu-lhe a notícia. Ela enviou-me esta sms: "O homem vale pelo que é e não pelo que faz. E tu és uma grande mulher e vais conseguir ultrapassar tudo isto. Estou contigo." Até então, a relação com esta minha irmã era muito fria e distante. Não me perguntem a razão. Nem eu, nem ela sabemos responder. Aconteceu. Aconteceu até este dia. Costumo dizer e sentir que valeu a pena ter cancro para reencontrar a minha irmã mais velha. Hoje somos muito amigas e cúmplices. Valeu por isto...
Os meus amigos, os meus fantásticos amigos foram aparecendo e ficando ao longo dos dias. Um dia ainda hei-de escrever sobre eles. Vale a pena.
O namorado foi o único que se foi. E não vou escrever sobre ele. Não vale a pena.
Até que conheci o terceiro ser humano maravilhoso ligado à medicina, a minha médica oncológica. Comecei os tratamentos de quimioterapia. Uma invasão cruel e violenta do meu corpo. Fiquei careca em menos de 15 dias. Aliás, mal o cabelo começou a cair, fui rapá-lo. E não é que me ficava bem? A minha cabeça é perfeita!!! Sempre gostei de uma certa irreverêncoa no look como forma de expressão. E nunca me esquecerei da deliciosa sensação que é sentir o vento roçar-nos na cabeça...
Como uma das minhas mais inteligentes decisões que tomei foi continuar a trabalhar até que as forças não me permitissem mais fazê-lo, ainda experimentei algumas perucas a pedido da mami e do meu chefe da altura, um ser humano maravilhoso, mas que já tinha conhecido há alguns anos. Odiei as perucas. Que coisa tão artificial. Não, não as quis para mim. Decisão tomada!
domingo, 24 de outubro de 2010
Eu tenho cancro - parte I
Primeiro a notícia. Um choque tremendo, sem dúvida o mais tremendo da minha vida. Poderia dizer que foi como se o mundo caísse em cima de mim, como se me tirassem o tapete debaixo dos pés e de repente eu me visse a cair num imenso abismo, mas, sinceramente, ainda não encontrei uma frase, um conjunto de palavras capazes de descrever o que senti naquele longo momento.
Não que a notícia me tenha apanhado completamente desprevenida. Primeiro comecei por sentir o nódulo na mama, depois fui fazer uma primeira ecografia que deu como inconclusiva, mas nem por isso me safei do raspanete (como se eu tivesse culpa!) e dos avisos ameaçadores da técnica. Depois veio a segunda, e a biópsia, e as palavras sábias do médico que a fez (o primeiro maravilhoso ser humano ligado à medicina que conheci naquela altura)...
De facto e como pessoa inteligente que sei que sou, tudo indicava para o pior, mas como também sou uma optimista por natureza, a verdade é que nunca deixei de acreditar que o pior não se ia concretizar.
Lembro-me que recebi a notícia num consultório médico no hospital S. João. Lembro-me que desesperei. Sim, naquele instante eu soube o significado de desesperar. Chorei, gritei, pontapiei e esmurrei secretárias, cadeiras e armários. Empurrei pessoas, até que me aninhei a um canto... e chorei mais ainda.
Lembro-me também que uma enfermeira, o segundo maravilhoso ser humano ligado à medicina que eu conheci naquela altura, me orientou para o que me esperaria nos próximos dias. Felizmente que tinha uma das minhas irmãs comigo para ouvir. Eu não ouvi absolutamente nada. E ela levou com toda aquela violência emocional assim, sem estar preparada nem armada para tal.
Acalmei e liguei para o namorado e para a melhor amiga. Imagino que também a eles impus uma responsabilidade que não lhes era devida...
Entretanto, saí do hospital. Que alívio! E de repente, lá estava eu, a pensar que não tinha que ser tudo mau, haveria de existir uma finalidade útil para tudo o que estava a acontecer. Tinha pela frente uma guerra, mas não foi isso o que eu fui pedindo a vida inteira? Desafios para que me conseguisse superar a mim mesma e tornar-me um ser humano melhor? Esta seria a minha oportunidade, de saber quem realmente sou e do que sou capaz. Não quero, detesto aliás, cair em lugares comuns, mas foi mesmo isto que me passou pela cabeça. Disto lembro-me eu e foi neste instante que tudo mudou. O desespero passou ao sentido de pelo menos tentar, ao sentido de responsabilidade perante a vida e ao sentido de querer lutar...
URGENTE
Refugiados
Exploração e escravatura
Tráfico humano
Pedófilia
Prostituição
Sem-abrigo
Fome, pobreza e miséria
Violação dos direitos-humanos
Exclusão social
Crimes de guerra
Alfabetização
Pena de morte
Racismo, xenofobia e homofobia
Controlo de armas
Violência sobre mulheres
Mutilação genital feminina
Terrorismo
Água potável
Preservação das florestas
Reciclagem
Lixos Tóxicos
Preservação de espécies
Direitos dos animais
Animais abandonados
Maus tratos
Touradas e outros espectáculos deprimentes e bárbaros
Caça ilegal
Preservação de espécies
Tráfico de animais exóticos
Testes em animais
Transporte de gado vivo
Animais em circos
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Mau tempo na Madeira
Desde ontem à tarde que choveu, quase continuamente. A água abundou estradas abaixo e as sarjetas ficaram entupidas. As pessoas mostraram-se receosas e algumas até em pânico. Compreendo, não estive aqui em Fevereiro, mas vi imagens aflitivas e hoje tive uma ligeira percepção da violência do que aconteceu.
Grande parte do comércio no centro do Funchal fechou ao início da tarde e o trânsito ficou caótico, vários minutos para avançar poucos metros. A marginal esteve intransitável por várias horas. O nervosismo, esse era por demais evidente nos condutores. Nervosismo esse que quando atinge verdadeiras bestas, que julgam que o temporal só se abate por cima das suas cabeças e sobre mais ninguèm, acabam por ter reações brutais, como a do condutor que quase me atropelou, acabando por me empurrar para uma poça de água, só por que ele ia abrigado dentro do carro e eu ia no passeio a tentar desviar-me da chuva que corria rua abaixo e me chegava, quase aos tornozelos, e ainda por cima sem guarda-chuva!!! As ribeiras no centro eram castanhas e a água corria com uma violência tremenda. As sirenes fizeram-se ouvir por todo o Funchal.
Saí do hospital Dr. Nélio Mendonça por volta das 13h e ao entrar no parque de estacionamento, uma senhora aflita e em pânico pedia às pessoas para não tentarem sequer tirar os carros, pois os pisos estavam inundados. O meu carro só estava 4 níveis abaixo do solo. Os elevadores estavam desligados, e a água que corria escadas abaixo metia medo, de tanta que era. Resolvi esperar e fi-lo por cerca de meia-hora. Entretanto, a chuva parou por cerca de mais 20 minutos e a água nas escadas abrandou. Resolvi tentar descê-las, até para perceber em que condições se encontrava o carro. Quando cheguei ao piso -4, o carro estava bem, assim como eu, apesar de a água me chegar aos tornozelos. Consegui tirá-lo do parque, ainda que com muitos deslizes, ora para a direita, ora para a esquerda.
Não estou nada habituada a estas situações e cheguei a sentir medo. Por fim, tudo correu bem, para mim.
Sei que até a esta hora não foram registados feridos e apenas houve um desalojado. Apenas houve um desalojado, como se fosse apenas... para esse concerteza que o facto de perder a casa teve o mesmo peso de um mundo inteiro...
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Lily Allen - Fuck You ( LIVE )
Aos intolerantes-ignorantes
Ele disse: "A homossexualidade é um comportamento nojento e contra-natura. O principal objectivo da raça humana é reproduzir-se e os homossexuais não podem fazê-lo..."
E eu interrompi e argumentei: " Espera lá, primeiro o objectivo da raça humana deve ser o ser feliz e preservar o mundo para as gerações que hão-de vir! E o que dizes daqueles heterossexuais que por motivos de saúde, por exemplo, não podem reproduzir-se? Têm defeito e devem ser atirados fora? Além do mais, a partir do momento que um ser humano desenvolve sentimentos por outro, ainda que do mesmo sexo, não é nada contra-natura. Mas tu não percebes nada do que estou para aqui a dizer, pois não?"
Depois pensei: "Para quê? Ele é mais novo do que eu e ainda assim é tão intolerante! Ainda por cima estou com a neura, para quê me dar ao trabalho? Que se lixe!..."
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Madeira
Gosto de estar na Madeira. É tudo tão tranquilo... As pessoas são bem dispostas e disponíveis (só chateiam quando se lembram de atravessar a rua com o vermelho para os peões!... que mania!!!), a comida é óptima e o clima... sempre quentinho!
Ah! Estou em trabalho, não se iludam pela paisagem do quarto do hotel, ok?
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
domingo, 17 de outubro de 2010
Xutos e Pontapés - À minha maneira
Dedicado àquele bichinho que insiste em viver dentro de mim. Tu sabes que eu te adoro, eu sei que sou muito acolhedora, mas será que dá para "desamparares a loja" durante pelo menos mais 5 anos? Dava jeito...
"Porca Miseria"
Numa estação de metro de Itália, depois de uma breve discussão, supostamente por causa dum bilhete, um jovem de 20 anos dá um soco numa enfermeira romena de 32. Esta cai estatelada no chão, entra em estado de coma, morrendo mais tarde. MAU, VIOLENTO, DESPREZÍVEL, ABJECTO, INFAME, COBARDE, IGNÓBIL... Ok, tudo isto e mais alguma coisa.
Mas como poderei qualificar a indiferença de uma série de outros cidadãos que, entretanto passaram pela enfermeira inanimada no chão e fizeram de conta que nem a viram? Foi impressionante ver aquela gente ignorar alguém, que poderia ou não, mas o que interessa é que poderia, precisar de auxílio!!!
Só pode ser atitude de pessoas que não são feitas do mesmo que nós! É uma hipótese, não se esqueçam que é gente que tem como presidente Silvio Berlusconi, um dos maiores corruptos e putanheiros da humanidade!... Mas ainda assim não me conformo, não explica tal insensibilidade e frieza. Como é possível???
Estamos a falar duma vida humana, como falámos durante toda a semana a propósito dos mineiros chilenos... ok, é verdade, também como ignorámos as 118 vidas do submarino russo Kursk...
Estou confusa, já nem sei o que pensar. Ora dá para uns e não dá para outros... não entendo, palavra que não!
Alguém me explica?
Saltimbanco
Saltimbanco, o mais antigo show itinerante do Cirque du Soleil.
Estive no Pavilhão Atlântico no sábado para ver. Lindo!!!
Daqueles espectáculos que todos deviam assitir. É impossível sair de lá indiferente à alegria e cor. Acrobacias de cortar a respiração, guarda-roupa e caracterização impecável e uma verdadeira banda vibrante. Amei!
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
The Cult - Sweet Soul Sister
À minha irmã P.
Para começar, faz-me um favor (tu nunca me recusas nada! :)), põe o volume bem, bem alto.
Parabéns!
Não tenho grandes novidades para te dizer. Apenas desejar-te um dia muito feliz. Se eu pudesse, era uma das minhas tarefas nesta vida, dar-te um dia muito feliz, todos os dias. Durante estes últimos anos, fui-te dizendo tudo o que sinto, anos estes que também por tua causa, apesar de todas as adversidades, foram os melhores da minha vida.
A propósito de um livro, que li há já algum tempo, Fernão Capelo Gaivota é uma gaivota (claro, com este nome não ia ser um pintainho!!!), que crê que voar não se resume a uma simples forma que a ave tem para se movimentar. Esta história conta o fascínio e a luta de Fernão pelas acrobacias que podem fazer a diferença nas nossas vidas e como isso transtorna o grupo de gaivotas do seu clã. É uma história sobre liberdade, aprendizagem, coragem e amor, e sempre que me lembro desta história, lembro-me de ti.
Viste-me nascer e ajudaste-me a crescer, ainda ajudas. A cumplicidade, até no olhar, e os grandes momentos, esses levo-os comigo seja para onde for. Tu sabes que és especial. Obrigada por estares sempre lá e sempre, sempre acreditares em mim. Quero-te comigo... E eu, eu estarei contigo...
P.S.: Verde? É a tua cor.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
one:u2
Parabéns A.
Ouço dizer, muitas vezes, que amigo é aquele que está lá nas horas difíceis, para nos dar um consolo e um abraço. Sim, é verdade, e tu estás sempre lá.
É-o e não só. Quando penso na minha amiga girafinha (linda, elegante e esguia que se farta!), do que mais me recordo é dos momentos de efusiva alegria e até mesmo palhaçada que já partilhámos. Estar contigo é viver como gosto, desprendida e alegremente. Gosto das conversas jogadas fora, das barbaridades que são ditas, das experiências que temos, dos crepes com chocolate... É uma animação!
Podes ter a certeza que por ti me mandaria do precipício só para te estender a mão e cairmos as duas de mãos dadas... e aposto que ainda haveria tempo de uma gargalhada antes de nos esborracharmos no chão. A prova disso é conseguires manter-me acordada para te dar os parabéns às 0:00! :)
Por uma amizade sentida, por uma amizade vivida. Parabéns!
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Prémio Nobel da Paz
Gosto de ver estas motivações para se fazer a diferença no que diz respeito aos direitos humanos. Soube-me mesmo bem!
Nunca esqueçam que foram jovens como nós que deram, em Tiananmen, a sua vida "pela paz, liberdade e democracia", por aquilo que de uma forma ou de outra todos reclamamos, pois sabemos que é um direito.
Xeque-mate!
Mas eu só faço o que sei e o que posso e isso pode ser problemático. Socorro... eu não sei jogar xadrez!
Eat Pray Love
Um filme de prazeres, busca e felicidade! Identifiquei-me... muito! Acho que se vai tornar nos poucos que vou rever vezes sem conta.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Cem anos e 1 dia após...
Assim de repente, até poderá sugerir-me a possibilidade de escolher o líder do meu país (mesmo que me arrependa no mês seguinte), mas a verdade é que hoje já nem isso me é preemente enquanto cidadã. Por exemplo, nas eleições anteriores, e muito provavelmente nas próximas, votei em branco. É que diante de tantos palhaços, é-me difícil escolher qual deles faz e poderá fazer mais e melhores palhaçadas. Para mim, são todos iguais com as suas performances da treta. Com a agravante de serem palhaços tristes, ou tristes palhaços, que nada mais fazem do que nos pôr a chorar.
De resto, mais educação?... Não gozem comigo! Mais saúde?... Nã, estamos em estado terminal! Responsabilidade económica? Compromisso social? Liberdade?
... Vou-me ausentar, estou nauseada...
... Não! Pára! Há algo que se mantém imutável, orgulhosamente próprio de português pobre, muito pobre, diria até miserável de espírito. São as comemorações, os festejos, as cerimónias, os protocolos, a pouca vergonha do dinheiro gasto desta forma, em altura de crise e de "apertar o cinto", dizem eles!!!
O que alguns portugueses ainda não perceberam é que a crise económica existe e existirá sempre enquanto persistir esta crise mental nacional.
O que é que cem anos e 1 dia após a Implantação da República me diz? Nada, absolutamente nada!
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Nuno e os Nirvana
Que bom que os Nirvana existiram!
Quase!
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "bom dia", quase que sussurrados. Sobra a cobardia e falta a coragem até para ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor e o sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que a fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance. Para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência. Porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Para os erros há perdão; para os fracassos, chance; para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar uma alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixo que a saudade me sufoque, que a rotina me acomode, que o medo me impeça de tentar. Desconfio do destino e acredito em mim. Gasto mais horas a realizar do que a sonhar, a fazer do que a planear, a viver do que a esperar, porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.
Miss Sarajevo U2 Clipe-Guerra Bósnia Legendado em português
Dos conflitos mais estúpidos e irracionais dos últimos tempos.
Eu continuo a acreditar no amor, de todas as formas, em todos os tempos! E tu?...